quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Agradecer!



Estimadas (os)
Educadoras (es)


Nossa reverencia à beleza!
Ao belo das horas intensas de aprendizagem
Do olhar ainda 
ingênuo de um Adolescente
Nas cores de uma ilustração simbólica.

Nossa reverencia à beleza!
Ao belo das descobertas do outro
Da primeira letra tatuada na memória
Da primeira palavra geradora
Do primeiro som 
libertando palavras 
conscientes.

Nossa Reverencia à beleza!
Ao belo das horas cansadas
Para a motivação dos aprendizes
Das leituras sonolentas
De outras práticas mais atentas
Enchendo a vida de experiências

Educadores...
Nossa reverencia à beleza!
Ao belo de educar!
Ao educar com beleza!
No travesseiro de letras e números
Descansa essa tua cabeça pensante.
E dorme o sono renovador.

Nossa reverencia ao belo.
À beleza das fronteiras vencidas!
Dos limites superados
Para a descoberta de outros
E o principio constante do aprender...


“Sorri, quando a dor te torturar...”
Aprendes com Charles Chaplim
A dimensão vagabunda do aprender
Sem um destino definido, pois tudo é história
Mas plena dos sonhos mais sublimes.




Gilson Reis


24.12.2014

domingo, 14 de setembro de 2014

EDJA, NOSSA BABETTE DE CAMARAGIBE



Uma comida para ter gosto bom, há de ser a realização culinária de um sonho. A culinária é um triunfo da vontade amorosa. Ela obriga a natureza, indiferente, a fazer amor conosco. A Cozinheira também deseja nos dá uma grande felicidade. Para isso ela existe. Essa é a sua arte. Sua bíblia é o Kama Sutra da boca, as infinitas maneiras de se fazer amor com os lábios, com a língua, com o nariz, com as vísceras.

Assim era a Babette... Assim era EDJA: Sabiam os segredos do prazer pela comida. Realizavam, na prática, aquilo que os psicanalistas anunciam na teoria: é o “princípio do prazer” que estabelece o programa para nossa vida. O conhecimento é guardado ao lado daquela panela de barro sobre o fogão, que só tem sentido pela RABADA que dentro dela está fervendo. A panela é um meio. A RABADA é o fim. O saber é um meio. O sabor é o fim.


EDJA, como qualquer NORDESTINA ARRETADA gostava mesmo é de Banquete. E banquete é sinônimo de partilha, sinaliza o desejo de estar junto. Mas um estar que se alimenta do alimento de cada um. Dos temperos que gostamos, das receitas que apreciamos, doces ou salgadas, e até sem doce e sem sal. No entanto, banquete não é só de alimento, mas de vontades! Intenções! Sonhos!  Banquete de corpos e mentes em desejo!

Rubem Alves, em seu livro Variações sobre o Prazer, fala, deliciosamente, acerca do ato de sentir, e defende que as cozinheiras trabalham com efeitos sensíveis: O prazer tem de ser gostoso; o prato tem de ser cheiroso; o prato tem de ser bonito; o prato tem de ser excitante ao tato – por isso a pimenta, o cuidado para que não fique nem mole nem duro demais -. Quando uma cozinheira pensa-cozinha ela leva em consideração a totalidade dos efeitos práticos que o prato que ela está preparando irá ter sobre aquele que vai degustá-lo. E finaliza dizendo que todos os sentidos, sob a primazia da boca, se juntam para produzir o prato imaginado.


Assim diria Babette, cozinheira revolucionária do belo filme “A Festa de Babette” e EDJA, Cozinheira revolucionária da bela vida digna de aplauso!!. O que há em comum e impactante nas duas nobres cozinheiras é exatamente a sua percepção culinária pautada na revolução dos sentimentos, o que, conseqüentemente, gesta no ventre dos degustarores, novos desejos, vontade de mudança, novos sentidos e significados, novos encontros, com novos toques, proximidade, olhares afetuosos e libidinosos, uma verdade que se escondia por trás do “encouraçamento” familiar, social...

Se me disserem que o banquete se inicia na cozinha, com as panelas, fogões, utensílios, ingredientes e temperos, eu direi que estão errados. O banquete se inicia com uma decisão de amor.

Babette, com pena das pessoas mirradas e mesquinhas que a inveja e o ressentimento tornara insensíveis, na aldeia em que vivia, prepara um banquete que lhes daria uma experiência inesquecível de prazer, beleza e generosidade.

EDJA, possuída por um desejo de prazer, preparava os  “sabores que lhe permitissem fazer, na mesa, o amor que desejava fazer na cama”.  Sonhava com os feitos que os sabores produziriam no corpo de quem comesse. Não queria matar a fome. O que ela desejava era fazer amor com quem come, através dos sabores.

Quando a fome está satisfeita, o festival de amor chegou ao fim.



Eterna EDJA...

domingo, 10 de agosto de 2014

Das emoções do outro lado dos olhos...



Era uma manhã bonita, os cachos do sol anunciavam festa! Sim, estava bela, vista do outro lado da janela já cinzenta. E ele pisou o chão em horas passadas....

E tudo se vestia de alegria.
Que alegria alegre menino!

Já se fazia tempo de mostrar tanto sorriso! De rodar por entre as alegrias vistas dentro da roda. E era uma roda linda! Cheia de negros e negras. Era uma roda cheirosa, com cheiros diversos. Passeava por suas narinas o cheiro de montanhas, paisagens com ares de distância que lembravam saudades nunca sentidas, mas prometidas como prazer digno de sentir!

Cheiro de carne suculenta que, tão logo sentira, já era presenteado com um nobre pedaço em seu estado quentinho, exalando suaves neves acaloradas, pronto para o deleite. E ele se deleitou!! Que menino deleitado! A alegria passeava na companhia dos cheiros e dos sabores!

Não se obrigada sentar em lugares exatos. Esse menino não era de lugar algum! Era de onde a paisagem abrigada daquilo que lhe dava gozo! Comidas, bebidas, cheiros, sabores, olhares, sensações... e gente!! Gente que o menino alegre abraçava com o calor das águas relaxantes. Que menino relaxado! Esse menino!...

Quando se percebia degustando a alegria de um idoso em seu cantinho discreto era só olhos transmitindo vida! Olhar que se misturava aos sorrisos alforriados daquela negra que se encantara com o seu terreiro em estado de graça! Saudade de um terreiro cheio de formigas alegres comendo de suas folhas deliciosas! Que menino comilão esse menino!

Aproveitava a alegria para ser alegre! Não perdia nenhum pedaço de alegria!

Êita esse menino...
é...
que menino esse...
...             ...                ...                  ...              ...

Decerto era uma manhã bonita...

Vista do outro lado de uma janela já cinzenta...

Em horas passadas...

O menino, de fato, gastara horas a fio fixando seu olhar numa paisagem inacabada... degustando suas agruras...

Gilson Reis
10.08.14




domingo, 3 de agosto de 2014

3 ANOS DO BLOG PEGANDO O GANCHO. HOMENAGEM AOS AMANTES DA POESIA!

                                  Obra coletiva Pegando o Gancho

O Blog do Coletivo Cultural Pegando o Gancho completou 3 anos de vida! E como foi de vida cabem nesta história, diferentes sensações, diversas maneiras de vê-lo e senti-lo. Cabe a diversidade de emoções, de conflitos, de desilusões, de renovações. Por ser vida, cabe o silencio e o vulcão. Vida é assim, espaço sagrado de habitação do diverso. Paisagem onde diferentes estações se comungam; se debatem; se misturam... poetizam. 


Nesta “travessia” poética, diferentes passos tocaram a concretude do caminho percorrido. Pisaram as letras da poesia, partilhando sentimentos do instante, extraídos do coração, da veia sangrenta da vida, inspirados no cotidiano, na voz sufocada dos esquecidos, lançaram na tela do Blog as lágrimas dos que não choram e o choro dos que sufocam as lágrimas. 





Não foram passos a lugar nenhum!. Não foi o mais ou menos da vida! Não foi o simplório, comum dos mortais! Foram passos sentidos com cheiro de vísceras!  Paridos aos gritos, mas por vezes, suave... por que na vida cabe o grito do parto, o choro da alegria que não se contem e a suavidade do olhar o filho no colo.

Obrigado aos amantes da poesia pelos pés que por esta travessia se fizeram sentir. Decerto, não se trata de um caminho qualquer, afinal, onde a poesia se aconchega cheira vida em seus estados mais diversos!





Obrigado por pintar a tela do Blog com cores do arco-íris! Por desenhar  a forma do Blog com letras engravidadas de sentido!



Obrigado ao Naldo, primeiro idealizador de um blog depois renovado. Ao Laudecir, companheiro de inspiração! Crítico comentarista das postagens mais viscerais. Ao Josafá que lançou a estética da página, escolhendo a partir do critério da beleza! 







À Luiza, confiante na sensibilidade dos demais amantes e ao seu filho que diagramou o logotipo criado pelo nobre artista Marcelo Gonçalves que, numa certa estação, coloriu o Blog com suas telas. 

À Isa, Escritora e Poetiza que brindou sua taça de vinho entre os leitores e poetas do Blog. Ao Chico e seu poema Alquimia, o mais visitado do Blog, hoje com 1.616 visitações. Ao Reinildo que acendeu velas na tela do Blog com sua espiritualidade. 









À Conceição que trouxe consciência negra pra o cotidiano de nossas leituras. À Marli, que extravasa criatividade, indica novidades! Inspira viagens em direção ao belo e ao prazer!


Eu tenho o indescritível prazer de ter atravessado este caminho com cada um de vocês.






Cheiro de Afeto e de beleza!





Gilson Reis
03.08.14

sábado, 19 de julho de 2014

EU, ENVELHECENDO COM RUBEM ALVES


Houve um tempo em que a leitura da poesia, filosofia e estética Rubem alveana era, pra mim, a graça em seu estado de ternura inquietante. Eu me debruçava por entre os seus versos floridos de Ipê amarelos, rosas, brancos, somente para me cobrir de uma beleza a mais serena e mais vital.

Eu entendia a vida como um mergulho na poesia de Rubem Alves que lida com a mesma como quem se deleita por sobre sangue e se embriaga dele.

Alguns outonos depois, selecionando textos e livros poéticos para o aniversario de 9 anos do Coletivo Cultural Pegando o Gancho, me ocorre abrir algumas deliciosas páginas do livro As cores do crepúsculo: A Estética do envelhecer. E eis que o reencontro acontece me envolvendo de saudade, assim mesmo, como o Poeta diz: A saudade deseja que tudo seja um eterno retorno. Assim, de uma saudade desejante de eternidades...



Me coloco diante desse encontro como uma gestação de dentro de um novo ventre! Mas gerindo-me no estágio de envelhecer, sinto que desejo nascer velho, não para fazer o inverso, voltar a uma infância quase inútil, mas para me distanciar do ato de morrer.

Sim!

Eu antecipo a velhice para sentir a morte mais distante.

Essa descoberta, realizada no mergulho poético com Rubem Alves, é uma ode a vida, acho que envelhecer mais jovem me arranca a sensação da tristeza por que tristeza é juventude fúnebre.

Boa ideia.
Gilson velho.
E já!

Por que velhice é crepúsculo, eu me apreciando como uma eternidade-saudade, digno de eternidade-presença por que insano diante da vida que se despede vazia ou que nao se despede por que negada sua orgia vital.
Esta reflexão não tem fim.
Me sintonizo com a saudade e o seu desejo de eternidade.
Tenho a velhice inteira para continuar degustando a página atual que leio.

Gilson Reis
09.11.11 - 19.07.14

terça-feira, 10 de junho de 2014

ILEWÁ AFETO E A LEI MENINO BERNARDO

Foi aprovada a Lei do Menino Bernardo, conhecida estranhamente como Lei da palmada. Ai encontrei este texto escrito em 2011 quando meu sobrinho era picoxotinho...sinto que tem sentido o que escrevi, agora neste contexto da lei...


GRATIDÃO AFETUOSA DE UM BEBÊ...

 

Querida Mamãe!
Querido Papai!

“Primeiro do que tudo”... ainda sou bem pequenininho pra entender da beleza dos gestos. Por enquanto meu tio Gilson, como que psicografa o que este ser frágil, seu filho, está louco pra expressar. Sinto que, em breve, vou descobrir dos valores e das “maiomotas” dessa gente toda, por enquanto eu vou sentindo pelo cheiro, ou pelo olhar pequeno, ou pela quenturinha do corpo, que as pessoas, cada uma, tem a sua própria maneira de ser, ver e sentir.

E, portanto, cá estou eu papai, mamãe, pra dizer que com meus ouvidos miudinhos já ouvi alguem falar da grandeza do ato afetuoso que tiveram por mim quando eu apenas escutava no limite do meu pequeno território aquecido. Ouvi dizer dos meus irmãos que nao puderam ver e sentir o quanto são belos! Sou um grande privilegiado? O que é ser privilegiado mamãe? O senhor é privilegiado papai?

Ouvi dizer que mamãe descansou muito antes de “descansar”. Hum! Afinal que palavra é descansar? Me intrigava os movimentos minimos de tantos meses, mas, sem saber do mundo aqui fora, me contentei, no meu cantinho quente, em apenas me sentir aquecido e parado.

 

Acho mainha, que quando sentia a barriga mexer, nem imaginva que, de tanto descanso, talvez eu já quizesse um pouco de cansaço. O que dizia painho? Ouvi dizer que os painhos sempre dizem que os filhos vao ser um tal de jogador de futebol. O que é isso? Eu vou ser jogador de futebol? O papai é jogador de futebol?

Eu queria saber de que jeito é que uma figurinha miudinha como eu, pode expressar que tudo que fizeram por mim foi a “saudação da primavera”! De que jeito eu me movo pra expressar que, o que fizeram é a beleza na sua forma mais intensa! De que jeitinho uma criaturinha frágil pode expressar que o que fizeram, foi a primavera toda florindo o outono, fertilizada pelas chuvas invernais e os mais belos raios de sol..

 

Eu quero logo aprender como se ama quem dedicou meses de gestação a alguem que ainda nem sabia como ser recíproco. De uma coisa eu sei, e o tio me falou que isso é orgulho... eu sei, que eu tenho um papai e uma mamãe sensiveis, inteligentes, educados, companheiros, perseverantes, fortes... nem sei o que significa tudo isso, escutei num tal de chá de bebê, quando muitas vozes pareciam querer expressar sentimentos sobre vocês. Acho que é assim o jeito de gente adulto expressar como ama alguem que sabe cuidar.

O que é sarau mamãe? Quem é essa gente toda que vocês me apresentam como um presente? Eu nem sei o que dizer, as vezes sinto gotas se despedirem de meus olhos como daquela moça ali quando fala do amor por vocês, as vezes sinto minha boca se abrir no cantinho e até os olhos brilharem... desculpe, é assim que me sinto diante de todos.

Estou cansado! Acho que é hora de parar. Hum! Sinto que foi assim com a senhora nao é mãe? Cansar... descansar ... descansar ... descansar... agora nem dorme direito, ouvi dizer.

 

Ah! Mamãe! Papai!
Eu queria saber de que jeito é que uma figurinha miudinha como eu, pode expressar que tudo que fizeram por mim foi a “saudação da primavera”! É a beleza na sua forma mais intensa! É a primavera toda florindo o outono, fertilizada pelas chuvas invernais e os mais belos raios de sol.. Eu quero logo aprender como se ama quem dedicou meses de gestação a alguém que ainda nem sabia como ser recíproco.

“Aqui termino só com a nossa vista” ...

Ilewá, por Gilson Reis, seu tio.

02 de Julho de 2011

Em 11.06.14

sábado, 31 de maio de 2014

NALDO - Saudade

Que me venha Cora Coralina! Venha! Eu também “não sei se a vida é curta ou longa demais para nós”! Certeza eu tenho que é preciso “Tocar o coração das pessoas”, e ai vive-se eternamente.
                                 
6 anos que o Naldo realizou a travessia para o mistério. Fio da P nem deu mais notícia! Deve estar ocupado com as travessuras que tanto prendia as atenções de quem o via travessurar. Permito-me inventar expressões, afinal falo de Naldo, cuja criatividade não cabia no coração mais largo. Eu travessurava com ele.

Hoje me peguei pensando o que teria vivido se estivesse cá... nada disso tenho como certo, afinal a vida, aqui, também é um labirinto de travessias e mistérios. Mas eu me imaginei sorrindo! Sim, a vida com Naldo só cabia dentro da magia do sorriso! Mas não só. Por isso me imaginei despedindo-se de lágrimas engravidadas! Sim! Por que a vida com o Naldo só cabia dentro do que era intenso e visceral! E tudo engravidava! Acho que parimos sonhos a dar de vista! Pois cada encontro com ele era uma oportunidade degustada com requintes de intensidade. Até no silêncio.

E eu também me imaginei mais feliz! Sim, por que apensar de questionar a felicidade, era dela que se servia no banquete das amizades. Não precisava de muitos motivos para vivê-la, afinal, como disse Carlos Drummond de Andrade, ser feliz sem motivo é a forma mais autêntica de felicidade. Sinto que é o mesmo que Guimarães Rosa expressa ao dizer que Felicidade se acha em horinhas de descuido.

Não sou mais feliz hoje, que há dois anos passados. Não se pode. Impossível! No mínimo, sou mais otimista. O pedaço de felicidade que o Naldo ocupava está ai...num vácuo que não se preenche nunca. A Alma de quem perde é visitada por uma tristeza profunda. Mas tristeza é inspiração desmedida! Como assim sentiu o Poeta Vinícius de Moraes que de-li-ci-o-sa-men-te escreveu e cantou que “Pra fazer uma samba com beleza é preciso um bocado de tristeza, se não, não se faz um samba não...”. Invadido por tão expressivo sentimento, pode-se lançar-se a ele como um compositor apaixonado que se embriaga, perseguindo a beleza e, assim, a intensidade da perda guarda uma aprendizagem grandiosa.

Amigo é pra ser ter como preciosidade, portanto eterno. Pedaços deixados por eles não se ocupam! E agora nem importa entender! Clarice Lispector eternizou o sentido da existência quando registrou que não nos preocupássemos com o ‘entender’ pois, viver ultrapassa todo entendimento. A Poetiza do não entendimento fala da Rosa como “flor feminina que se dá toda e tanto que para ela só resta a alegria de se ter dado”

É isso, querido Naldo...
Obrigado pela alegria de se ter dado!

Gilson Reis

31.05.18

terça-feira, 27 de maio de 2014

CIDADÃO FISCAL

Meu caro Cidadão Fiscal
Que tanta informação é essa?
Não! Não faz mal! Não faz mal
Mas não leia com tanta pressa!

Meu nobre Cidadão Fiscal
A história é nossa identidade
Não! Isso não é carnaval!
É bagagem de qualidade!

Assuma!!
 
Mas se não for de qualidade
Meu pobre Cidadão Fiscal
Saiba que ainda há idade
Pra fazer o controle pessoal

Meu ingênuo Cidadão Fiscal
Cooptado pelo “fiscal na ativa”
Vives numa sociedade irreal
Ou numa Democracia participativa?

Renova Cidadão Fiscal!!
Desconstrói a ingenuidade
Acessa a informação essencial
Constrói controle de verdade!

 
Vem Cidadão Fiscal
Não sejas cooptado
Se não fores um ser eleitoral
O controle será controlado

Parabéns Ação Legal
Essa formação nos provoca
A ser Cidadão Fiscal
Que a Liberdade Evoca!!

Gilson Reis

27.05.2014


Ação Legal: Grupo de Trabalho da ONG Bom parto

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Branquinha de Ouro Preto

Nada do que vocês que não conhecem Ouro Preto estejam pensando. A Branquinha do título não é o nome de alguma cachacinha mineira. Branquinha é celebridade na cidade. Estrela de filme que o fotógrafo Lucas de Godoy acaba de lançar na internet.
O documentário que tem 27 minutos, tem como protagonista a cadelinha que foi adotada pelos moradores de Ouro Preto.
Branquinha encanta turistas e moradores com seu comportamento inusitado que é acompanhar sem falta, duas missas na cidade.
Sem que ninguém a conduza, chega na igreja no horário exato. E costuma acompanhar procissões também.
Basta passear por Ouro Preto para encontrá-la indo à missa na Igreja do Pilar

terça-feira, 20 de maio de 2014

ESTRELAS


Tenho estado mais tempo em conato direto com as crianças e esta experiência nova me faz lembrar de diferentes situações vividas no acompanhamento pedagógico. Estes dias recentes foram de sensível contato com meninos que choram, meninas alegres e tristes, risos inocentes, crianças frágeis na pele de leões... ai eu lembrei de Luana, uma menina poetisa que conheci no Jardim Santo André, Zona Leste de São Paulo, e que me emocionou em 2012 ao dedicar um pequeno e grandioso livro com suas poesias. É com prazer que vou publicar algumas para os leitores deste Blog. A primeira tem o título desta postagem.

 

Nós brilhamos nas estrelas
Bate forte o coração
Como se fosse viver uma nova emoção
Sinto-me mais segura
Morando aqui encima
Pois no mundo há tanta maldade
Não existe liberdade.
Mas no meio das estrelas
Fico Livre! Esquento as veias!
Sem precisar me preocupar
Pois não preciso mais chorar
Para o mundo melhorar.

Luana Monção

Saudade de você!
Por onde andas?

Gilson Reis

21.05.14

domingo, 11 de maio de 2014

DONA JUDITE! Ou se quiser: Dite



Tem uma mulher eterna lá no nordeste
De índole inconteste
Nem precisa fazer um teste
Pra eternidade alcançar!





Sabe que o “céu não é perto”
De tanta labuta desafiar
Mas tem uma fé danada
Que qualquer montanha pode alcançar!



Dizem que a fé remove montanhas
A dela nem precisa remover!
Com galhos santos transforma
Uma febre, um encosto ou outro estado de ser!


Tem fé que precisa de fé
Pra se aprumar de pé!
Acho que essa é a minha
As vezes ta fincada no mastro
Outras vezes nem se alinha!


A dela é rocha e fibra misturada!
Tem sei lá quantos “megabytes” de fortaleza!
Se eternidade não alcançar
É por que seus “fios” num quiseram dela se alembrar!





Eu daqui mando um cheiro
Pra essa mulher fibra de lá!
No nordeste se fincou
Mas deixou filhos voar!

Essa mulher é mamãe
Dona Judite ou Dite!
Mulher que aprendi a amar



Gilson Reis
Um dia das mães