sábado, 12 de outubro de 2013

Praias do Rio Zona Sul

Você sabia que o Rio não é só Copacabana e Ipanema? Mas elas são o ponto de partida para boa parte de outras praias da Zona Sul. A praia do Leme é uma continuação de Copacabana. Tem areia branca e fofa e no Costão da Pedra do Leme fica o Caminho do Pescador, que é uma área utilizada para pesca de arremesso. Tem também um quiosque para a degustação de deliciosos sorvetes. Ah! e água de coco. Diariamente acontece por ali uma feira livre. Horti fruti granjeiro (adoro!!!).
Nos quatro quilômetros que separam o Leme do Posto 6, há música nos quiosques, quase sempre e em quase todos. Na calçada mais famosa do mundo, vemos desfilar crianças, idosos e turistas. No seu final, temos o Museu Histórico do Exército e Forte de Copacabana, que comemorou no dia 28 de setembro, 99 anos de história e cultura.
Passei por Drummond que sentado estava e sentado ficou e por Caymmi, a quem ofereci ajuda para carregar o violão.
A Praia do Diabo é uma pequena praia que fica entre a Ponta de Copacabana e a Ponta do Arpoador. Vi ali a maior concentração canina por metro quadrado de praia, o que deve justificar seu nome.
A praia do Arpoador tem quinhentos metros de areia clara e é muito procurada por surfistas e de sua famosa pedra contemplamos um belíssimo por de sol.
A praia de Ipanema tem a peculiaridade de lançar tendências Tem dois quilômetros de extensão sendo a faixa de areia mais democrática do mundo. Seus frequentadores são gays, hippies, equatorianos, uruguaios, surfistas e dizem que também, celebridades.Mas como roupa de banho é democrática também, não dá para reconhecer ninguém.
A praia do Leblon tem uma faixa de areia de um quilômetro e trezentos metros. Reduto de tranquilidade. Localiza-se entre as encostas do Morro Dois Irmãos e o canal (fedido) que liga a Lagoa Rodrigo de Freitas ao mar. Nela começa a ciclovia que vai até a praia do Leme. Areia, mar, belezas naturais, esculturas de areia.
O Rio é tudo isso e um pouquinho mais. Como o paraíso nunca é perfeito, comunico a todos que o famoso Menino do Rio envelheceu.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

CARNE VIVA! OLHA TUA CARNE VIVA! Parte final


Fitou seu olhar no trinco carcomido de seu objeto transcendente. 
Naquele instante súbito, de paisagem obscura e clara, obscuramente clara, duvidou da real capacidade de traçar o seu olhar na arquitetura insética que contrastava com as relíquias delicadas de uma arquitetura sagrada e, portando, inviolável.

Um silêncio sobre-humano se instalou no espaço restrito entre aquela escultura ameaçada de sua condição psíco – escultural - humana e o seu objeto transcendente. As lágrimas, como que em expectativa, estancaram por sobre a pele encharcada daquele ser que, metamorfoseando-se, conduzia sua mão ao trinco envelhecido e esquecido...

Os casulos se avolumavam por entre as frestas que separavam as relíquias, inúmeros deles se agitavam dando vida às larvas que se multiplicavam por entre as circunferências dos vasos vermelhos. Baratas em tamanhos variados circulavam ligeiras e mansas, por entre as circulações coaguladas dos organismos relicários. Teias, teias, teias se entrecruzavam no labirinto de uma construção suicida, completa de vazio, ainda que super-habitada por arquitetas meticulosas, empreendedoras e auto destrutivas.
 
Teias, teias, teias, teias, animais artrópodes, tudo e tudo, presença e presença, completude e completude...


- Carne viva!! Olha tua carne viva!!!!

...no entanto, nada, ausência e vazio.

Um último pedaço de escultura se dissipou por sobre o chão úmido, de coloração avermelhada e quase negra. As relíquias de seu objeto transcendente eram consumidas lentamente desde as fases mais sublimes de onde se gerou o sublime e hoje corroído relicário.

Aquele trinco carcomido foi tocado apenas uma única vez...
Aquela porta nunca mais foi aberta.


Gilson Reis


segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Aula Nota Dez – Parte II


Para uma aula Nota 10 precisamos de professor (a) nota dez também. Mas como distinguir o professor de um educador? O texto de Maria do Céu Roldão “Função docente: natureza e construção do conhecimento  profissional” nos mostra como a função social do professor se tornou uma profissão e qual deveria ser sua principal ação. Neste livro ela diz que Reis Monteiro, 2000 para responder a afirmaação acima, faz as seguintes perguntar “Que é um professor? O que o distingue de outros actores sociaise de outros agentes profissionais? Qual a especificidade da sua acção, o que constitui a sua “distinção?”? Diz ainda que, o  caracterizador distintivo do docente, relativamente permanente ao longo do tempo, embora contextualizado de diferentes formas, é a acção de ensinar. Mas coloca-se a este respeito um conjunto de questões, quer históricas quer conceptuais: por um lado, importa saber o que se entende por ensinar, o que está longe de ser consensual ou estático; por outro, o reconhecimento da função não é contemporâneo do reconhecimento e afirmação histórica de um grupo profissional associado a ela. Pelo contrário, a função existiu em muitos formatos e com diversos estatutos ao longo da história, mas a emergência de um grupo profissional estruturado em torno dessa função é característico da modernidade, mais propriamente a partir do século XVIII. Continua dizendo A função de ensinar, nas sociedades actuais, e retomando uma outra linha de interpretação do conceito, 2 é antes caracterizada, na nossa perspectiva, pela figura da dupla transitividade e pelo lugar de mediação. Ensinar configura-se assim, nesta leitura, essencialmente como a especialidade de fazer aprender alguma coisa (a que chamamos currículo, seja de que natureza for aquilo que se quer ver aprendido) a alguém (o acto de ensinar só se actualiza nesta segunda transitividade corporizada no destinatário da acção, sob pena de ser inexistente ou gratuita a alegada acção de ensinar).