quinta-feira, 2 de agosto de 2012

ANIVERSARIO DO GILSON! QUE DELICIA!

Oi querido Gilson!!
Iniciando mais um ano de vida heim!


Tempo... tempo...  tempo...  tempo... “éis um senhor tão bonito”! Sim, o tempo e o “senhor” também.  E o que fizestes com o tempo? No tempo? Pelo tempo? juntinho dele? O que criastes querido, tudo! Te constitui, te compõe, te constrói...

“Aproveitar o tempo" deve ser sentido como "DEGUSTAR CADA INSTANTE".

Dizem que o tempo está passando muuuuito rápido, eu também sinto, mas neste mês de julho estavas em férias na cidade de Recife, com familiares e amigos, e foram tantas intensidades sentidas que, tenho certeza, te fizeram sentir que o tempo passava puxado por uma tartaruga velha ...  e que deliiiicia ter vivido este sentimento!!

Passagem rápida do tempo é uma situação real?
O tempo passa por nós?
Ou somos nós que passamos pelo tempo?
O tempo nos constrói ou nós o construímos?
Por que nas diferentes fases da vida o sentimos numa velocidade diferenciada?

Vamos combinar uma coisa?
Vamos Saborear melhor cada amigo, cada família, cada comida deliciosa, arriscar uma receita diferente não só no final de semana, chamar os amigos para compartilhar os temperos, ver o marrrrrrrr!!!!!! viajar, de preferência com um(a) amigo (a) que aprecie um bom café, uma boa música, um bom silêncio...

Meu querido Gilson.
Fico feliz por mais um ano de vida! Mais um ano é só um pedacinho do muito que ainda falta, mas este muito tem que ser prazeroso, por que viver muito só com tesão e gozo!!! Eu sei que nem queres morrer, confesso que sem gozo a vida há de minguar! Sem sonho, sem afeto e a beleza poética a vida vai sempre na contramão do que sentimos e pensamos acerca do que é a felicidade!!

Estes dias ouvi uma frase que diz: “Sou feliz todos os dias pela manhã quando consigo acordar antes de morrer!” Li também Luis Fernando Veríssimo que poetisa: “Eu sei que não vou viver para sempre, mas morrerei tentando!”
Lindo! Brilhante! Espetacular! Bárbaro! Huuuuuuuu- ruuuuu!!!

Tudo isso é uma homenagem à Vida... que eu te a faço através de mim!!

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

AOS MEUS AMIGOS



Estou aproveitando minhas férias ouvindo música do meu tempo de menina."Recordar é viver". Vanuza, Ronie Von e outros que graças ao acervo virtual é farto para matar a saudade.Esta música cantada pelo Ronie Von é uma delícia de ouvir.

A Praça

Hoje eu acordei com saudades de você
Beijei aquela foto que você me ofertou
Sentei naquele banco da pracinha só porque
Foi lá que começou o nosso amor
Senti que os passarinhos todos me reconheceram
Pois eles entenderam toda a minha solidão
Ficaram tão tristonhos e até emudeceram

Aí então eu fiz esta canção: 
                              
A mesma praça, o mesmo banco
As mesmas flores o mesmo jardim
Tudo é igual mas estou triste
Porque não tenho você perto de mim
Beijei aquela árvore tão linda onde eu
Com meu canivete um coração eu desenhei
Escrevi no coração o meu nome junto ao seu
E meu grande amor então jurei
O guarda ainda é o mesmo que um dia me pegou
Roubando uma rosa amarela prá você
Ainda tem balanço, tem gangorra, meu amor
Crianças que não param de correr
Aquele bom velhinho pipoqueiro foi quem viu
Quando envergonhado, de amor eu lhe falei
Ainda é o mesmo sorveteiro que assistiu
Ao primeiro beijo que lhe dei.
E a gente vai crescendo, vai crescendo, o tempo passa
E nunca esquece a felicidade que encontrou
Sempre eu vou lembrar do nosso banco lá na praça
Foi lá que começou o nosso amor.


Composição de Carlos Imperial e interpretação de Ronnie Von.


terça-feira, 31 de julho de 2012


APOLOGIA



Por três semanas o espaço da terça-feira, neste blog, ficou vazio de postagem. Eu estava de férias do trabalho. Viajando. Isso não significa férias das postagens no blog, como bem disse meu amigo Gilson dias anteriores, pois as férias seriam momentos férteis para escrever.  Até acho que ele tenha razão. Tentei ser fiel a esse compromisso, mas não deu. Solicitei ajuda, e ainda assim não deu.  Desculpem a ausência.
Muita gente está acostumada a uma leitura despretensiosa em período de férias. Entre uma praia e outra... jogado em uma rede... sentado debaixo de uma árvore... nada melhor que ler algo que combine com tudo isso para o momento ficar ainda mais especial. O livro que me acompanhou nos dias que estive de férias foi “Variações sobre o prazer”, de Rubem Alves, presente de aniversário. É uma espécie de apologia ao prazer, à alegria, à beleza, mostra como ocasiões, fatos, que, aparentemente, tão sem importância como “empinar pipa, rodar pião, jogar sinuca, armar quebra-cabeças, pular corda, jogar xadrez...” podem ser o que de fato faz a diferença na vida e para a vida. Pergunta o autor: “haverá atividades mais tolas que essas? Tolas, sim, quando analisadas do ponto de vista da razão instrumental: ao final tudo fica do mesmo jeito. Nada é produzido… mas o corpo discorda. As ideias do meu corpo não são as ideias  da minha cabeça. De fato, o mundo fica do mesmo jeito, diz o corpo. Mas não eu. Eu fico alegre. E a alegria se basta. Ela não deseja nada além dela! E assim, alegremente, o corpo deixa o trabalho para brincar. Um brinquedo é um objeto com que se faz amor, um objeto amado. E, cada objeto amado è o centro de um paraíso. O Paraíso mora dentro de uma caixa de brinquedos.”
Assim, amigos, retomo esse espaço do blog fazendo um convite à brincadeira, à desimpotância: jogar conversa fora, sair com os amigos, sentir a natureza, andar descalço, ver o por do sol, molhar-se na chuva, brincar de roda, ouvir música, comer poesia...

segunda-feira, 30 de julho de 2012

                              O Deslocamento dos Pretos do Rosário pela Cidade de São Paulo
Diante da Demolição da sua Igreja em 1904

Com a demolição da igreja, das casas e do cemitério em 1904, os irmãos do rosário se espalharam pela cidade. Alguns se agregaram aos moradores nas imediações do local da igreja demolida. Outros foram morar em bairros próximos ao centro velho, como a Barra Funda e a Bela Vista (Bixiga), bairros conhecidos como reduto de negros. Outros ainda foram para mais longe, para o bairro do Jabaquara, Casa Verde e Freguesia do Ó. Os argumentos usados pelos poderes públicos para a destruição da igreja e consequente dispersão dos seguidores da irmandade foram muitos. Um dos principais foi o projeto de valorização daquele espaço.  Estes projetos visavam, não só embelezar a cidade, mas, sobretudo “higienizá-la” para que seus habitantes tivessem um padrão de vida condizente com a nova sociedade que se formava. Mas, a destruição da igreja não destruiu a irmandade nem a identidade que ela tinha com a cidade. Muito pelo contrário. Diante da demolição da igreja, os irmãos pediram às autoridades eclesiais e públicas, um local onde pudessem continuar fazendo suas reuniões e atividades. Mas, desejam um local ali no centro, onde estão acostumados a viver.           Assim, foi cedido para eles um espaço na igreja de São Pedro que ficava ao lado da igreja da Sé. Neste local, a irmandade fez seus encontros até a inauguração da nova igreja no Largo do Paissandu, que fica do outro lado do rio Anhangabaú.            É importante dizer que esta área do Triângulo onde viviam os irmãos, foi totalmente reconstruída até a década de 10 do século XX. Na década de 20, a região já concentrava toda a vida social e comercial da cidade. As luxuosas lojas que existiam ali eram o ponto de encontro preferido da sociedade rica da época. É aí que surge a expressão fazer um “footing elegante”. O footing era feito nas principais ruas do Triângulo.      Em um dos depoimentos colhido durante a pesquisa, Nilza, irmão do Rosário a mais de 40 anos, diz que “os negros do rosário também faziam footing: “mas era só num pedacinho – da São Bento até a Quintino Bocaiúva. Eles iam para lá e voltavam e não saiam dali. Dali tinham que ir embora”.