quinta-feira, 31 de maio de 2012

Foto: Prof. Naldo Andrade vai deixar mtas saudades cara e sempre vai ser nosso mestre :'(

EU QUERO A MORTE DA MORTE
SÓ QUERO O FIM DO QUE NAO PODE RECOMEÇAR...

NALDINHO, 37 ANOS.
DURMA EM PAZ.

Gilson Reis
Eternamente.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

A VOLTA DE LAMPIÃO

Em tempos de CPI, achei apropriado estes versos de Luis Fernando Veríssimo para nossa reflexão.

Das fundura dos inferno
chamuscado pra daná
Lampião voltou ao mundo
pra se reabilitá
com o demo pela mão
e a cabeça no lugá.


De tudo mostrou um pouco
ao Chifrudo o Capitão
de como tá tudo virado
no país e no sertão
Quem rouba pouco é coitado
quem rouba muito é barão.


E disse mais Lampião
no ouvido do Capeta 
"Perto do que eles roubam
sem trabuco ou escopeta
meu rifle vira cajado
minha munição, espoleta."


"Nunca viveram em cangaço
ou passaram noite na trilha.
Têm casa com sauna e piscina
e apartamento em Brasília.
É lá que se dedicam
à formação da quadrilha."


"Não carregam algibeira
nem vestem chapéu de couro
nem alpargata sovada
nem roupa de carcá touro.
Só terno de corte italiano
e muita corrente de ouro.


"Não têm Maria Bonita
mas Eliane ou Bebel
mulher de muito quilate
prá brilhá em coquetel
uma alma de cabocla
num corpo de chanel."


Não comem macacheira
nem farinha com linguiça.
Só em restaurante grã-fino
onde o vinho não é de missa.
E quando o dinheiro acaba
mandam buscar na Suiça.


"Não assaltam na estrada
´Não levantá poeira´ é seu lema.
Não degolam, que bobagem
isso é coisa de cinema.
Telefone celular
e em vez de facão, esquema."


Semana que vem tem mais...

terça-feira, 29 de maio de 2012

REVIVER


MÃES
“...Ainda somos os mesmos e
vivemos como as nossas mães...?”
Esse foi o tema do  114º Sarau Pegando o Gancho realizado em minha casa no último sábado. Esta postagem é um agradecimento a todos que estiveram presentes e colaboram para que a noite se tornasse tão especial, afetuosa... 










segunda-feira, 28 de maio de 2012

AMIGOS

Neste dia de meu nascimento, gostaria de homenagear todos meus amigos pela presença em minha vida, por isso, peço licença a Moraes para deixar de forma linda o meu reconhecimento.
 
Amigos
Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos.
Não percebem o amor que lhes devoto
e a absoluta necessidade que tenho deles.
A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor,
eis que
permite que o objeto dela se divida em outros afetos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade.
E eu poderia suportar, embora não sem dor,
que
tivessem morrido todos os meus amores,
mas
enlouqueceria se morressem todos os meus amigos !
Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências ... 
A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem. Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida. 
Mas, porque não os procuro com assiduidade,
não posso
lhes dizer o quanto gosto deles.
Eles não iriam acreditar.
 
Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabemque estão incluídos na sagrada relação de meus amigos. 
Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro,
embora não declare e não os procure.
 
E às vezes, quando os procuro,
noto que eles não
tem noção de como me são necessários,
de como são
indispensáveis ao meu equilíbrio vital,
porque eles
fazem parte do mundo que eu,
tremulamente, construí,
e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida.
Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado.Se todos eles morrerem, eu desabo!Por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles.
E me envergonho, porque essa minha prece é,
em síntese, dirigida ao meu bem estar.
Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo.
Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles.
Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos,
cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim,
compartilhando daquele prazer ...
Se alguma coisa me consome e me envelhece
é que a roda
furiosa da vida
não me permite ter sempre ao meu lado,
morando comigo, andando comigo,
falando comigo, vivendo
comigo, todos os meus amigos, e, principalmente,
os que só
desconfiam - ou talvez nunca vão saber -
que são meus amigos!
A gente não faz amigos, reconhece-os.
Vinicius de Moraes