sábado, 13 de agosto de 2011

NOSSA CASA MUDOU...


Esta nossa casa de poetas hoje está diferente, ela está maior, pois suas paredes tiveram que dilatar-se para caber tanta ternura, tanta poesia, tanta alegria! E nós, eu e Dagô, também estamos diferentes, pois as paredes de nossos corações, que na verdade é um, também tiveram que dilatar-se para que coubesse tanta paz, tanto amor, tanta emoção. Até os cachorros estão modificados, pois estão acostumados a serem mimados apenas por nós e nesses dois dias receberam amor e mimo de tanta gente especial.

É, definitivamente esta nossa casa de poetas jamais será a mesma, hoje sua aura está marcada com novas cores, tornou-se uma aura arco-íris, de variegadas tonalidades, de intercruzadas alegrias. Já se ouve por todos os cômodos o suspiro fundo das paredes, do teto e do chão, como a amada que diz: “Ah, meu amado se foi e deixou tanta saudade!” Agora também há nela a cor da saudade, que era uma cor que não havia. E a cor da saudade se mistura à cor do sonho e à cor da esperança, que eram os matizes que a tonalizavam mais fortemente.

Hoje a nossa paineira já não é a mesma, pela primeira vez em sua meninice ela abrigou viajantes em sua sombra, podemos dizer que ela já é uma menina-moça frondosa, tão diferente daquela mudinha que plantamos com nossas mãos ontem mesmo. E ela também suspira saudade e, certamente, em breve, quando engravidar, as flores de sua primeira floração terão a cor e o perfume da saudade. E, a partir de hoje, sua sombra tocará o chão com mais cuidado para não melindrar as marcas deixadas ali pelos pés dos nossos amigos. Certamente, pedirá ao vento que vente bem devagarzinho e até mesmo à chuva que demore para chover, a fim de que essas pegadas se conservem o máximo de tempo possível para a visão de seus olhos vegetais.

As carpas já não serão as mesmas, pois as suas cores alegres foram refletidas nos olhos extasiados de nossos amigos. E o barulho da água que jorra dentro do laguinho já não será o mesmo, pois ele foi sentido pelos ouvidos sagrados de muitos poetas. E a chama da lareira já terá um novo jeito de se mostrar, será uma chama com rimas, assonâncias e aliterações, pois a lareira, nessa madrugada mágica, foi batizada de poesia e agora é uma lareira musa, uma lareira especializada em aquecer e iluminar poetas. Já não será o mesmo o nosso castiçal, pois, a partir de hoje, desejará apenas abrigar velas que iluminem olhos de poetas em busca de palavras mágicas na escuridão da noite.

Não, já não será a mesma aquela mesa enorme que hoje se tornou pequena para acolher tanta alegria e nenhuma das cadeiras jamais se esquecerá de que há um tempo para tudo debaixo do céu. E até mesmo a toalha jamais poderá se esquecer do gosto do vinho que a embriagou, abundantemente servido pelas mãos do Gilson.

Lá fora há um grilo, mas seu canto, antes despercebido, agora se faz notar, pois foi contaminado; seu cri-cri-cri antes monótono agora traz sílabas métricas e versos cadenciados: ABAB.

Porém, de todas essas mudanças ocorridas, a mais espantosa é a mudança do silêncio. Ele, que antes era apenas uma cômoda e singela ausência, agora está povoado de vozes, de cantos, de gestos, de cheiros, de abraços e de olhares, de versos, reversos e inversos. É um silêncio que fala, que sussurra, que se move e se renova numa voz envolvente e amena: poesia, poesia, poesia, poesia, poesia, poesia, poesia, poesia, poesia...

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Obrigada amigos, por terem trazido a brisa dessa mudança e a força dessa marca que aqui deixaram. Para fechar com chave de ouro este final de semana ímpar, convidamos a todos para cantar conosco a bonita música de Renato Teixeira “Amizade Sincera”:


A amizade sincera é um santo remédio,
É um abrigo seguro.
É natural da amizade
O abraço, o aperto de mão, o sorriso.
Por isso se for preciso,
Conte comigo, amigo disponha.
Lembre-se sempre que mesmo modesta,
Minha casa será sempre sua, amigo.
Os verdadeiros amigos
Do peito, de fé,
Os melhores amigos,
Não trazem dentro da boca
Palavras fingidas ou falsas histórias.
Sabem entender o silêncio
E manter a presença mesmo quando ausentes
Por isso mesmo apesar de tão raros
Não há nada melhor do que um grande amigo.

Isa e Dagô






sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Atibaia, teu nome é Esperança

Eis aqui a nova saga do sarau itinerante,
no dia 06 de agosto, fomos para poetar
no recanto de um bandeirante.
Dagô, o anfitrião, e a Isa, anfitrioa,
os poetas convidados aceitaram de coração,
e se encantaram,
com esta jornada tão boa.
Além do Sertão de Juqueri, ao pé da serra do Itapetininga,
por limite o rio Atibaia,
esta cidade é tão linda!
Seu clima é salubérrimo, e soubemos desfrutar,
partindo aqui de São Paulo,
fomos todos respirar, e encorajar medrosos, para da plataforma natural saltar.
Soubemos de antemão, ser um tanto concorrido,
os voos de asa delta, deixam o céu da cidade, colorido.
O sarau itinerante, saúda a Pedra Grande!
Inicialmente, Vila de São João de Atibaia, estância hidromineral,
abriga vários museus,
de João Batista Conti, ao de História Natural.
E um pouco de história, agora eu vou contar:
a de Jerônimo Camargo que aqui veio aportar,
depois de se estabelecer, seu calendário consultou,
era 24 de junho.
A São João Batista, sua estada dedicou.
A Igreja de Nossa Senhora do Rosário, protetora dos humildes e dos negros.
Sua imagem secular,
até os dias de hoje, permanece em seu altar.
A casa feita de taipa, a telha feita na coxa,
construção feita de escravos, o terreiro de café,
um local exuberante, a Fazenda Paraíso é.
Como já disse aqui, a cidade é estância hidromineral,
portanto nada mais natural que reservar um horário,
para poder visitar o seu Parque Balneário.
Se a noite tiver lua, rezemos no oratório,
pois aqui em Atibaia, existe Observatório,
com um radiotelescópio para ondas milimétricas,
com tamanha precisão.
Vocês precisam sentir, o tique taque do meu coração.
Que teima em não caber no peito, desde o momento que existo.
Sabem que em Atibaia, pisou Benedito Calixto?
Fazendo jus a sua arte, retratando o batismo, deixou para a posteridade,
uma famosa tela em óleo, que se encontra no altar mor
da Igreja Matriz da cidade.
Estar nesta cidade!
Minha alegria é tamanha, pisar no solo sagrado da belíssima Capela,
consagrada a Mãe Maria,
fiel a que existe na Alemanha.
Escadaria em pedra. O nome? Amílcar Rocha.
Pintou os doze painéis da crucificação de Cristo.
Posso contar prá vocês, o acesso é pela Alameda Lucas Nogueira Garcêz.
Alguém pode imaginar um centro de reuniões do Partido Liberal, e
também de religiões?
Casarão Júlia Ferraz.
De interesse histórico é sua edificação. Permitia tais contatos.
Único prédio residencial de sua época, que chegou aos nossos dias, intacto.
Museu Ferroviário, Santo Cruzeiro, Reserva do Vuna,
Parque das Águas, Represa da Usina.
Verdadeira Disneylândia, que deve aos nossos japoneses,
Orquidário, Carpalândia,
e a concepção que se faz do Santo Cruzeiro, o marco pela Paz.
Manifestações folclóricas, para não deixar morrer a tradição:
Congada, Festa de Flores, Morangos, Bon Odori, Cavalhada.
Festas religiosas nas cidades da região.
Isa, nossa anfitrioa,
Dagô, nosso anfitrião,
por nos permitir aqui estar, toda nossa gratidão.
E por último vem o Bruno,
mas não menos importante,
pois na estrada de terra,
esperou-nos por instantes,
para a todos conduzir,
com seu sorriso de criança,
sua simpatia adulta,
rumo aos portais da Esperança!

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

DAGÔ-STO ESSE ABRAÇO!!

Afetuoso leitor!
Já recebeu um abraço hoje?

Talvez eu ainda não tenha recebido, mas, revivi, no último fim de semana, pleno de poesia na cidade de Atibaia, a beleza de sentir que a intensidade de um abraço não se limita ao instante prazeroso em que os braços se enlaçam para a constituição deste gesto... mas se espande e se alarga quando o mesmo se expressa com a mais nobre verdade dos sentimentos.
Alguem já te abraçou com tamanha intensidade?
Você já abraçou sentindo o outro como a pessoa mais sublime do mundo? Única na sua beleza de SER?
Te convido a conhecer o Dagô.
Ele, junto à sua esposa Isa, acolheu a poesia em sua casa. Nele, o abraço é eternidade sentida como celebração! O tempo do abraço não é o mesmo do instante do gesto... pois no gesto a entrega é apenas o início de um sentimento que se gesta nos seres abraçados... mas que se perpetua por que se fixa como tatuagem... e é por isso que ainda me sinto abraçado, quatro dias após aquele nobre fim de semana em Atibaia.

Há um poema cujo autor desconheço, com o título “O Laço e o abraço” em que a surpresa inicial é o mote para expressar o sentimento diante do abraço. Ele se manifesta assim:

Meu Deus!!! Como é engraçado!...
Eu nunca tinha reparado como é curioso um laço...
Uma fita dando voltas... Se enrosca...
Mas não se embola ,
vira, revira,
circula e pronto: está dado o laço.

É assim que é o abraço:
coração com coração, tudo isso cercado de braço.
É assim que é o laço:
um abraço no presente,
no cabelo,
no vestido, em qualquer coisa onde o faço.
E quando puxo uma ponta, o que é que acontece?
Vai escorregando...
devagarzinho,
desmancha,
desfaz o abraço.
Solta o presente, o cabelo fica solto no vestido.
E na fita, que curioso, não faltou nem um pedaço.

Ah! Então é assim o amor, a amizade.
Tudo que é sentimento? Como um pedaço de fita?
Enrosca, segura um pouquinho,
mas pode se desfazer a qualquer hora,
deixando livre as duas bandas do laço.
Por isso é que se diz:
laço afetivo, laço de amizade.
E quando alguém briga, então se diz:  
romperam-se os laços.
E saem as duas partes,
igual meus pedaços de fita,
sem perder nenhum pedaço.

Que seja bendito o abraço livre!!!
Que sejam alforriados todos os corpos e se lancem para o despojamento do abraço! Que possam, pais e filhos, amorzinhos apaixonados, tribos diferentes... se abraçarem nas ruas sem flexas cortantes! Que sejam louvados os gestos afetuosos saudando a vida como divindade!
. . .

Afetuoso Dagô!
Obrigado pelo sinal de que ainda é possivel abrir as janelas para a vastidão do campo...
DAGÔ-STO ESSE ABRAÇO!

E você?
Tem alguem o qual gostaria de dar um abraço agora?
...
Se entregue!!

Gilson Reis                     

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

FOI NO JARDIM DAS ESPERANÇAS...

Antes de chegar na casa da Isa, fiquei um tanto assustada com a estrada. Afinal de contas fazia muitos e muitos anos que não andava por uma avenida como aquela.
Confesso que tenho um pouco de medo do mato durante a noite também.
Ao chegar naquele pedaço de céu tudo passou, medos, desconforto da estrada, poeira.
Logo na entrada da chácara caiu por terra qualquer empecilho... qualquer medo, qualquer coisa que pudesse atrapalhar a entronização de minha pessoa naquele lugar.

A entrada convidava a tirar as armaduras, tirar qualquer tipo de armadura, de pré conceito para então poder entrar e desfrutar de tudo que estava para acontecer naquele lugar sagrado.
Que gente boa! que cachorrada educada! Estou me perguntando até agora se fiquei viva naquele lugar. Que vizinhos maravilhosos, sim posso afirmar isso, porque vendo o Juliano naquela sabedoria toda, pude imaginar os que convivem com ele.
QUE RICO FOI O SARAU! Na verdade cada sarau é único, cada um tem sua realidade, eu comentava no dia seguinte com a Dani, Nunca ele é igual.
Juliano, você soube com cada palavra fazer da amizade algo mais sublime, mais sagrado, mais santo, obrigada pela sua presença, foi rica sua contribuição.
No dia seguinte pude vislumbrar tudo aquilo com a luz do dia.
QUE LUGAR MARAVILHOSO!
Perguntei ao Dagô sobre preço de terreno por aquelas bandas, vejam só!
Agora sei que não é a primeira impressão que fica.
O que ficou foi todo o contexto do que pude experimentar na companhia de pessoas tão cheias de boas energias, todos no seu jeito mais singular de ser, me transmitiram coisas boas.
Meu muito obrigado a cada um que esteve naquele momento me refazendo para retomar minhas atividades nesta selva de pedra que é São Paulo, ainda bem que tem gente boa também por aqui.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Ontem, neste blog, nosso amigo Josafá, falou sobre o Sarau realizado em Atibaia no último fim de semana, suas sensações, impressões ... o que todos os autores do Coletivo farão ao longo da semana, aviso aos seguidores.

Quero aqui externar minha gratidão ao casal Isa e Dagô, pelo acolhimento regadíssimo de simpatia, o que fez com que nos sentíssemos em casa; agradecer também ao pai da Isa, Sr. Aparecido, que de maneira atenciosa esteve presente o quanto pode acompanhando atentamente as declamações; ah..., dizer que sem o Bruno não chegaríamos ao local, acredito. Valeu por esse sorriso contagiante, a determinação e a espontaneidade.


Meio dia. Nenhuma nuvem no céu. O sol bravo parecia por fogo em tudo. Até onde a vista alcançava era o brilho cegante do sol e o calor sufocante. Nenhuma árvore. Nem mesmo um arbusto de porte médio que pudesse oferecer um pedaço de sombra para a hora do descanso que se aproximava...

O texto chama a atenção pela sensibilidade em captar detalhes da rotina de quem vive como bói-fria,

...Já não sentia nojo da velha caneca de alumínio onde todos encostavam as suas bocas murchas, cansadas e caladas para saciarem a sede insaciável. Apenas uma caneca de água para cada um...

Como a própria autora salientou, ela quis chamar a atenção daqueles que ignoram o processo de produção, a vida, o sofrimento, as vidas que estão por trás do pão, do arroz, do feijão, do café, do açúcar, etc., que chegam diariamente às mesas de todos,

...Filhinha, agora vamos nos concentrar em resolver o seu problema.

Caminhou até a janela, puxou a cortina e olhou para fora. Uma grande nuvem projetava sua sombra sobre o jardim e a piscina.

- Pelo jeito essa nuvem vai demorar a ir embora. Isso se não aparecerem outras e acabar chovendo. Uhm, que tal um almoço no First Avenue e uma deliciosa sessão de bronzeamento artificial no Lê Domme Et?

Isa, muito obrigado pela homenagem. Farei a leitura integral de seu poema em muitas outras oportunidades que certamente teremos.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Quando o amor se chama Casal, o Jardim pode ser de Esperanças!


O casal que nos recebeu em sua chácara em Atibaia, nesse fim de semana, para mais um Sarau desse Coletivo, é um casal que se ama. É esse amor que faz Isa dizer de Dagô, na dedicatória de seu livro – após falar das raízes que sua mãe lhe deixou de herança e das asas que seu filho lhe proporcionou  que ele, Dagô, aduba suas raízes e lhe acompanha em seus vôos.
Um desses vôos lhes permitiu fincarem raízes em Atibaia, após adquirirem os terrenos que, hoje, constituem a chácara Jardim das Esperanças. Em cada placa esculpida em madeira, desde a Alameda das Fadas Madrinhas, na entrada, e em cada cantinho, em cada pedra, que foi pessoalmente colocada pela proprietária – seja na gruta da Santa ou no lago de peixes no interior da sala principal – tudo revela e expressa esse amor verdadeiro, sentimento que permitiu que o casal ainda abrigasse na chácara o pai de Isa, Sr. Aparecido, de 86 anos, e também acolhesse Bruno, que amam como a um filho e que foi nosso GPS de “carne e osso” durante a viagem da caravana. Aliás, de quem também aprendemos, além de chegar ao local, o que significa um testemunho de que é possível ter simpatia franca, sincera.
Gilson nos disse que sempre que fazemos o Sarau fora da cidade de São Paulo receamos um desfalque entre os participantes, mas que não foi esse o caso, em absoluto. Sim, afinal nessa edição alcançamos o número de 22 pessoas queridas e de bem com a vida!
Ouvimos histórias, muita poesia, fizemos uma leitura dramática, também cantamos. Isa ainda nos brindou com a leitura de um artigo acadêmico de sua autoria que, como modestamente ela nos comprovou, não era tradicionalmente acadêmico, mas antes um arejado libelo contra o preconceito racial.
A reunião em torno da grande e farta mesa foi uma constante nos dois dias que ficamos nesse jardim. O ar puro bafejava a espontaneidade do grupo. Não havia rusgas porque todos se sabiam verdadeiros nas suas possíveis idiossincrasias. Havia aquela felicidade característica de quem sai da grande metrópole para estar em meio à natureza e em boa companhia.
Sobretudo, foi significativa a lição de que o cuidado que temos que ter com cada um se faz por gestos e que, onde a palavra falha, esse gesto a recobre para que de novo essa palavra renasça na forma de poesia: o verdadeiro alento para todos aqueles que são como Isa e Dagô, ou seja, trabalhadores, destemidos, senhores do seu próprio castelo, o que permite que possam abrir suas portas para dar repouso e acolhida para todo aquele que, além de tudo, seja um amante da poesia e da arte. Graças a Deus!

domingo, 7 de agosto de 2011

ÊXTASE



















E a alma desliza suave sob a pele
Mergulha tonta sob a vastidão de nossa gênese.
Tudo se mistura como num espanto.
Até que se revele, na escuridão brilhante de nosso ocaso,
A humanidade inanimada e letárgica dos sentimentos.
Plenos de intenção, pulsantes em suas formas e tons,
Vivos no sorver do instante,
Ilimitados na mágica melódica do viver.
Pulsante.
Eis aí a beleza de uma tarde,
A brancura da lua, redonda e suspensa.
O aroma do café, a cordialidade do gesto, a ilusão do teatro,
Na intrigante intenção do ator, feito de riso, de dor, de instante.
No sabor que nos invade num encantamento de felicidade,
Na lágrima que desliza só e silenciosa
Teimando em sentir,
Pecando pelo desejo contristado e plangente.
Tão inocente.
Tão transparente que avilta os olhos de quem vê.
Expostos que somos às nossas metáforas e deslumbres.
Eis a arte do sentir.
Eis a grandeza do viver.
De ser um pouco riso e um pouco pranto...

05/08/2011 – 00:16
Chiquinho Silva